Eleito em Olinda, Professor Lupércio quer que equipe tenha "cheiro do povo"


Do UOL, em São Paulo


Divulgação/Facebook Professor Lupércio
Prefeito eleito de Olinda, Professor Lupércio (SD) é carregado por militantes

Embora ainda esteja sem definições sobre quem vai compor o secretariado de seu primeiro mandato em Olinda (PE), Professor Lupércio (SD) já sabe que sua equipe terá que estar próxima da população e ir às ruas ouvir suas necessidades. Na avaliação dele, esse contato corpo a corpo foi fundamental para alavancar a vitória.

"Até o fim do mês de novembro teremos o nome dos secretários. Vamos cobrar metas deles, mas acima de tudo queremos secretários prontos para ouvir o povo, que tenham o cheiro do povo", disse.

Lupércio terminou o primeiro turno em segundo colocado, com 23,38% dos votos válidos, atrás de Antônio Campos (PSB) --irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014--, com 28,17%. Mas conseguiu virar e chegou a 57,04% dos votos válidos no segundo turno, contra 42,96% de Campos.

Além disso, ele conseguiu acabar com a hegemonia de 16 anos do PCdoB na Prefeitura de Olinda, com dois mandatos de Luciana Santos (2001-2008) e Renildo Calheiros (2009-2016). Luciana tentou novamente se eleger neste ano, mas ficou apenas em quarto lugar no primeiro turno, com 16,57% dos votos válidos.

"O PCdoB infelizmente estava muito desgastado na cidade. Já Antônio é do Recife e acho que o povo queria alguém da cidade", diz ele, olindense de nascença.

O político afirma crer que o tempo maior no horário político na TV --tinha apenas 22 segundos no primeiro turno e ficou com 10 minutos no segundo-- e a intensificação da campanha nas ruas --foram mais de 300 reuniões e carreatas-- ajudaram no resultado final.

Professor de matemática e bacharel em direito, Lupércio começou a carreira política no movimento estudantil. Nos últimos quatro anos, sua vida política teve uma guinada, indo de vereador eleito de Olinda em 2012 a deputado estadual no pleito de 2014 e agora a prefeito eleito da cidade pernambucana.

Além de ser conhecido pelo trabalho social --abriu clínicas, escolas de música e espaços de recuperação de dependentes químicos, mantidos com doações e parcerias--, também se viu em polêmica por ser membro da Assembleia de Deus e de ser acusado pela campanha rival de que poderá acabar com o Carnaval na cidade.

"Não vai acabar. A primeira coisa que faremos [na preparação para o novo governo] é cuidar do Carnaval", afirma ele.

Perguntado se poderá incluir pastores evangélicos na equipe de governo, Lupércio foi evasivo: "Tudo ainda é novo e prematuro para nós, mas será um secretariado eclético. A gente não loteou nenhuma secretaria, até porque não tive alianças na campanha", diz, em referência do Solidariedade ter saído em Olinda com uma chapa "pura".

O partido de Lupércio é liderado pelo deputado Paulinho da Força, aliado de Eduardo Cunha. Ambos foram nomes fortes do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e Cunha virou réu e foi preso pela Operação Lava Jato. Mas o professor não quis opinar sobre esse histórico recente de seu partido.

"Respeito as decisões dele [de Paulinho], mas não fui consultado sobre isso [o impeachment]. Meu maior laço com o partido é com o deputado Augusto Coutinho, que nos ajudou na campanha e também colabora financeiramente com nossos centros sociais", argumentou.

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